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Em uma definição sucinta, o que acontece nesta doença é a formação de um trombo (que é um coágulo no interior do vaso sanguíneo) em alguma veia periférica, o mais comum é o acometimento das veias dos membros inferiores. Existem muitos fatores que podem incrementar o risco para a formação indevida destes trombos, alguns deles são: imobilidade, alimentação desregrada com excesso de lípides, uso por longo tempo de alguns medicamentos, a falta de atividade física, traumas mecânicos, neoplasias, entre outros. A contribuição de cada um destes fatores de risco é difícil de ser medida, no entanto, tem-se certeza que sua contribuição é fundamental para que a coagulação intravascular indevida ocorra.

O tromboembolismo venoso (TEV) se manifesta através de duas entidades clínicas bastante relacionadas: trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (EP). Sua relação advém do fato de que cerca de 50% dos pacientes que tiverem TVP têm, em suas cintigrafias (exame da medicina nuclear que avalia a permeabilidade dos vasos), êmbolos pulmonares silenciosos. Por outro lado, até 90% dos pacientes com EP tem, seja com manifestação clínica ou não, TVP. Pode-se dizer que a EP é a uma das piores complicações da TVP e ambos são variantes do TEV.


Como acontece?[]

Uma das relações que mais cedo se monta na cabeça de uma criança, é vincular sangue com vida. Sem sangue não há vida. Quando se está perdendo sangue, está se perdendo a vida. Este raciocínio tem lá sua valia, pois é para manter o sangue no interior dos vasos sanguíneos que o corpo humano tem todo um sistema de hemostasia. Neste sistema, o processo mais lembrado é a coagulação – evento que impede a perda contínua de sangue pelo vaso quando este é lesado. No entanto, existem, basicamente, mais dois processos de importância igual: anticoagulação e fibrinólise. O primeiro, a anticoagulação, impede que toda a cascata de formação de coágulos inicie indevidamente. A fibrinólise, por outro lado, destrói o tampão hemostático que já cumpriu sua função e não mais tem mais o porquê de existir. Fica patente que um complexo sistema de equilíbrio entre coagular e não coagular existe, se este equilíbrio for perdido, ou afetado, a coagulação excessiva (ou sua ausência) pode causar sérios danos ao indivíduo acometido.

No TEV a desregulação é pró-coagulante e induz a formação de trombos que algumas vezes, além de afetar o fluxo sanguíneo local – o que é estímulo para indução de mais coagulação – leva ao aparecimento de êmbolos (que são trombos de circulação livre). É neste contexto que surge a entidade clínica denominada de embolia pulmonar. Quando o trombo fica restrito às veias profundas periféricas, a entidade clínica recebe o nome de trombose venosa profunda.


Por que se forma o trombo?[]

Rudolf Virchow (1821-1902), patologista alemão, propôs três categorias (cada qual com seus fatores de incremento) que levam a trombose venosa ou arterial. É conhecida como a tríade de Virchow e até hoje é referência nas explicações fisiopatológicas dos distúrbios da hemostasia. Figura1sd A tríade compreende todas as possíveis explicações para desregulação

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