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Editora: Patrícia Krammel

Colaboradoras: Angela Pansera Bottin e Julia Teuber Furtado



Figura1 HPVR

Vírus HPV

O que é o HPV?[]

O Papiloma Vírus Humano (HPV) é um DNA-Vírus não cultivável do grupo papovavírus, e é encontrado na pele e nas mucosas genitais (vulva, vagina, colo de útero e pênis). Mais de 70 tipos são conhecidos, sendo que cerca de 20 podem infectar o trato genital. Eles possuem potencial cancerígeno se associados a outros fatores, levando ao desenvolvimento de tumores intra-epiteliais e do câncer invasor do colo uterino, principalmente os tipos 6 e 11.


Transmissão[]

O HPV é transmitido pelo contato direto com a pele infectada, normalmente por meio das relações sexuais. Além do aparecimento de lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus, há estudos mostrando a ocorrência do vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. Entre 50% e 80% das mulheres sexualmente ativas, em algum momento de suas vidas, serão infectadas por um ou mais tipos de HPV. As infecções, na maioria das vezes, são transitórias, sendo combatidas pelo sistema imune. As pessoas que se infectarem com o HPV desenvolvem anticorpos, que podem ou não ser competentes para eliminar os vírus. A infecção pelo HPV tem aumentado no mundo ocidental, já sendo considerada a infecção transmitida sexualmente mais comum do trato genital feminino.


Forma de manifestação[]

Após a exposição do indivíduo ao vírus, ocorre a colonização da camada superficial da pele e com isso o organismo responde com a ativação de células para interromper a propagação do vírus. Há 3 formas que a pessoa pode ter a doença: forma clínica (presença de verruga), forma subclínica (lesões não visíveis a olho nu), e forma latente (presença do vírus, mas sem evidência de lesão).


Figura2 HPVR

Condiloma acuminado


Formas benignas

- Papiloma de célula escamosa (PCU): é um tumor que normalmente ocorre no palato mole, porém já foram identificados na língua e no lábio inferior. Ocorre geralmente em pessoas entre 30 a 50 anos de idade, mas também ocorre em crianças com menos de 10 anos (8% dos tumores orais de crianças)

- Condiloma acuminado: São pequenos e rosados ou esbranquiçados com o contorno das superfícies lembrando couve-flor. Pode ser transmitido por sexo oral (quando na boca). Na região genital, podem ocorrer, no colo uterino, na vagina, na vulva e no ânus o condiloma acuminado e os estados pré-cancerosos.

- Verruga vulgar oral e da orofaringe: São lesões que tem características rugosas, de consistência firme e se assemelham ao papiloma e ao condiloma. Ocorrem com maior freqüência na língua e no lábio.

- Hiperplasia epitelial focal oral (doença de Heck): São lesões elevadas, moles, arredondadas e de coloração variada (entre rosa pálido e a cor normal da mucosa)

Figura3 HPVR

Carcinoma verrucuso oral



Formas malignas

- Carcinoma de células escamosas NA CABEÇA DO PIRU

(CCE): É aproximadamente 95% de todos os cânceres orais. Apresenta-se como um tumor nodular ou uma úlcera crônica.

- Carcinoma verrucoso (Tumor de Ackermans): Cresce para fora da pele, de forma lenta e é superficialmente invasivo, possuindo baixa chance de metástase.

- Adenocarcinoma: Tipicamente se desenvolve a partir de tecido glandular. Pode ocorrer no colo uterino, na vulva e na vagina.





Relação do HPV com o câncer de colo de útero[]

Figura4 HPVR

Verrugas genitais

Os vírus do HPV causam verrugas comuns no corpo e podem atingir a região genital de homens e mulheres. Nas mulheres, as lesões causadas pelo HPV não tratadas podem transformar-se em câncer de colo de útero. O vírus pode permanecer instalado no corpo, sem se manifestar, por muito tempo; e, em uma fase na qual a defesa do organismo está abalada (estresse ou na gravidez), ele entra em ação.

Figura5 HPVR

Câncer de Colo de Útero

A mulher normalmente não tem nenhum sintoma, porém pode sentir coceira, dor na relação sexual ou ainda algum corrimento. A presença do HPV não resulta necessariamente em câncer, mas 99% das mulheres que têm câncer de colo de útero foram infectadas por ele, levando a 7.000 mortes de mulheres por este tumor no Brasil. O tratamento em mulheres tem sucesso em 90% dos casos, se ocorrer no estágio inicial da doença.

Vários fatores auxiliam a ocorrência de câncer por causa do HPV, entre eles estão: uso de contraceptivos orais, tabagismo, número elevado de gestações, infecção pelo HIV e ainda outras doenças sexualmente transmissíveis (herpes e clamídia).


Exames[]

O papanicolau e a colposcopia são feitos com o objetivo de observar o colo uterino e a vagina, antes de uma suspeita, porém a confirmação de diagnóstico de certeza é feito através de biópsia. Existem ainda exames para identificar o tipo de vírus e se ele é ou não cancerígeno (como PCR e cultura hídrida). Geralmente, não é preciso saber se o vírus é ou não maligno, pois o tratamento é feito somente quando o papanicolou, a colposcopia e/ou a biópsia estiverem alteradas. Na clínica, podem ser observadas verrugas genitais localizadas no ânus, pênis, vulva ou ainda em qualquer área da pele.


Prevenção[]

Durante a relação sexual, o uso de preservativo diminui a chance de transmissão do HPV (apesar de não evitá-la totalmente). Ela deve ser utilizada mesmo em casais estáveis e em relações sexuais de qualquer tipo. Deve-se manter cuidados higiênicos, ter parceiro fixo ou diminuir o número de parceiros e ainda, as mulheres devem procurar o ginecologista regularmente para realizar exames preventivos.

Hoje já está disponível a vacina contra alguns tipos de HPV (6, 11, 16, 18) e estão sendo estudadas vacinas para outros tipos. O objetivo da vacina é diminuir o número de pacientes que venham desenvolver câncer de colo de útero. Porém ainda não são perceptíveis os impactos desta vacinação, pois além de não estar disponível no sistema público, a redução do número de casos de câncer de colo de útero só poderão ser vistos após décadas e não com isso não há evidencias da eficácia da vacina apesar das expectativas. Os tipos HPV-16 e HPV-18 são os que têm maior prevalência nos casos de câncer de colo de útero (70%) e os tipos HPV-6 e HPV-11 estão presentes nas verrugas genitais (90%).

A vacina estimula a produção de anticorpos específicos para cada tipo de HPV, portanto a proteção de cada indivíduo vacinado depende de quantos anticorpos produziu contra a infecção. A vacina não traz risco de infectar o indivíduo, pois se utiliza apenas uma parte inativa do vírus (“capa”) para produção da vacina. A vacina não protege contra os outros subtipos de vírus além dos subtipos contra as quais foi confeccionada.


Referências bibliográficas[]

BEREK, Jonathan S. Tratado de Ginecologia. 38 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

CLIK HPV. Disponível em: http://www.clikhpv.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=57&Itemid=64. Acesso em 19/11/2009.[]

FAUCI, Anthony S. Harrison medicina interna. 17. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008. v I.

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MEDSTUDENTS. Disponível em: http://www.medstudents.com.br/content/resumos/resumo_medstudents_20071022_02.doc. Acesso em 18/11/2009.

ONCOGINECO. Disponível em: http://www.oncogineco.com/og/visualizarMaterial.php?idMaterial=16. Acesso em: 18/11/2009.

PÉRET, Frederico José Amédeé; CAETANO, João Pedro Junqueira. Ginecologia e obstetrícia: manual para concursos/TEGO. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

REVISTA BRASILEIRA DE OTORRINOLARINGOLOGIA. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72992004000400017&script=sci_arttext. Acesso em: 18/11/2009.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Disponível em: http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1051. Acesso em 21/11/2009.


Links relacionados[]

http://www.aids.gov.br

http://www.clikhpv.com.br

http://www.gineco.com.br

http://www.inca.gov.br

http://www.oncogineco.com

http://www.virushpv.com.br

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